Devaneio
E o frio aviva sereno e sopra á margem da praia as lembranças, e o frio aflora um sentimento azul e azul se torna o céu e o mar, e sopra o vento um singelo sentido. Nostalgia rara e estranha que entranha a tonalidade das sensações. Na praia, com o vento sul a rugir seus segredos de gelo e fogo onde antigos reinos dormem esquecidos sub o mar, castigados pela efemeridade das formações geográficas. Reinos de culturas distantes das difusões possíveis, em inverossímeis estruturas se ergueram mundos de conceitos incompreensíveis, para se tornarem, sob fortuna certa, perecíveis tesouros corroídos pelos sais dentre as constrições tectônicas.
E o frio aviva sereno e sopra á margem da praia as lembranças, e o frio aflora um sentimento azul e azul se torna o céu e o mar, e sopra o vento um singelo sentido. Nostalgia rara e estranha que entranha a tonalidade das sensações. Na praia, com o vento sul a rugir seus segredos de gelo e fogo onde antigos reinos dormem esquecidos sub o mar, castigados pela efemeridade das formações geográficas. Reinos de culturas distantes das difusões possíveis, em inverossímeis estruturas se ergueram mundos de conceitos incompreensíveis, para se tornarem, sob fortuna certa, perecíveis tesouros corroídos pelos sais dentre as constrições tectônicas.
Nas escuras imensidões o irônico
palco circular a girar enlouquecido pactuou com o esquecimento de seus atores,
este planeta insignificante produziu entorno de si, o maior delírio possível:
Num trovejo de lucidez efemeridades orgânicas
convulsionam conflitos
internos, tentando fugir da fugacidade de suas naturezas. Num lampejo, na
rapidez de um arroubamento titânico nesse universo: uma espécie, um composto
complexo, tentando existir na incandescência do cosmo, desenvolve em si uma
consciência! Eis um filhote
de oitenta mil anos, naufragado num mar insano sentindo medo do tempo!
E o frio aviva, gelando meus ossos, o sentimento azul de um
devaneio em frente ao mar.